quinta-feira, 9 de maio de 2013

Leite com formol - cuidado


Ministério da Justiça notifica produtoras de leite adulterado com ureia e formol
A Secretaria Nacional do Consumidor do Ministério da Justiça notificou nesta quarta-feira (8/05/13)
as empresas Italac, Mumu, Líder e Latvida para prestarem esclarecimentos sobre as denúncias da Operação Leite Compensado, do Ministério Público do Rio Grande do Sul (MP-RS), que identificou o acréscimo de formol e substância semelhante à ureia no leite.

CONFIRA A LISTA DE MARCAS DE LEITE ADULTERADO
Leite Líder - UHT Integral
SIF 4182 - Fabricação: 17/12/12
Lote: TAP 1 MB

Leite Italac - UHT Integral
Goiás Minas - SIF 1369
Fabricação: 30/10/12 - Lote: L05 KM3
Fabricação: 5/11/12 - Lote: L13 KM3
Fabricação: 7/11/12 - Lote: L18 KM3
Fabricação: 8/11/12 - Lote: L22 KM4
Fabricação: 9/11/12 - Lote: L23 KM1

Leite Italac - UHT semidesnatado
Goiás Minas - SIF 1369
Fabricação: 5/11/12 - Lote: L12 KM1

Leite Mumu - UHT Integral
Vonpar - SIF 1792
Fabricação: 18/01/13
Lote: 3 ARC

Leite Latvida - UHT Desnatado
VRS - Latvida - CISPOA 661
Registro: 37/661

Leite Latvida - UHT Semidesnatado
VRS - Latvida - CISPOA 661
Registro: 48/661

Leite Latvida - UHT Integral
VRS - Latvida - CISPOA 661

Registro: 36/661
Segundo comunicado oficial do MP-RS, a fraude era feita por "atravessadores" no processo de
transporte do leite cru, antes do envasamento.
O Ministério da Justiça informou que as empresas têm prazo de 10 dias a partir do recebimento
da notificação para apresentar a documentação técnica e laboratorial pertinentes ou para fazer o
recall dos produtos com problemas.

Segundo o Código de Defesa do Consumidor, é dever do fornecedor trocar o produto que cause
risco ao consumidor a qualquer momento e de forma gratuita. Caso o consumidor encontre
dificuldades para trocar o produto, a recomendação é procurar um dos órgãos de proteção e defesa
do consumidor.

100 milhões de litros

O MP informou estimar que os 100 milhões de litros de leite comercializados em 12 meses pelas
três empresas atravessadoras que compram leite dos produtores e revendem à indústrias
nas cidades de Ibirubá, Guaporé e Horizontina tenham sido adulterados.

Os lotes de leite destacados pelas autoridades como sendo adulterados somam 1,5 milhão de litros
de leite. Ou seja, grande parte do material com ureia revendido ainda precisa ser identificado. Dessa maneira, é preciso ficar atento à listagem feita pelo Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento).

Para o promotor  Mauro Rochemback, as indústrias que compraram esse produto para
comercializá-lo também têm responsabilidade, apesar de os investigadores não terem encontrado participação das empresas na ilegalidade.

"Como faz cerca de 30 anos que não existia indício de adição de ureia no leite, as indústrias podem
ter relaxado no controle de qualidade", diz. Para ele, as companhias devem explicação sobre
a falha no controle de qualidade do produto comprado.
Além do leite, derivados também podem apresentar formol. Entretanto, isso ainda não foi investigado
pelo MP, que se deteve nesse primeiro momento ao leite UHT, devido à quantidade de laboratórios
disponíveis no RS.

De acordo com Bastos, na pasteurização do leite os elementos irregulares desaparecem ao longo do processo, enquanto o formol pode permanecer no líquido e até em qualquer um de seus derivados.

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