O que significa o mAh nas baterias de celulares e tablets?
Os equipamentos eletrônicos saem de fábrica cada vez com mais tecnologias embarcadas e novas
funções. Se por um lado tal avanço promove melhorias em nossa rotina, em outro viés ele acaba
diminuindo a autonomia das baterias o que pode ser observado com maior facilidade em smartphones
e tablets.
Assim, as fontes de energia dos nossos aparelhos necessitam ter mais potencial energético a cada
geração lançada. O principal indicador disso é o aumento da sua amperagem, o qual é informado
pela notação mAh — como você já deve ter percebido nas especificações de qualquer dispositivo.
Mas você sabe o que significa essa subunidade de medida e como é feito o cálculo para estabelecer
a vida útil de uma bateria? Se a sua resposta foi “não” para essas perguntas, não deixe de ler
o restante deste artigo.
O conceito
O mAh é a abreviatura usada como padrão para o miliampere-hora, uma subunidade de medida
(advinda do ampere-hora, ou simplesmente Ah) usada para identificar a transferência de carga
elétrica por meio de uma corrente estável de um ampere ao longo de uma hora.
É preciso deixar bem claro que essa métrica não mede diretamente a energia de uma bateria
(o que é feito pelas unidades joule ou watt-hora). A sua proposta é estabelecer e informar o tempo
de duração da bateria. Assim, em teoria, quanto maior o miliampere-hora indicado na bateria, mais
longo é o período que o seu smartphone ou tablet pode ficar desconectado da tomada.
A fórmula mágica
Existe uma fórmula usada geralmente por estudantes e profissionais de engenharia elétrica com a
qual é possível determinar o tempo de duração de uma bateria.
A conta é relativamente simples: você deve dividir a capacidade da bateria (em miliampere-hora)
pelo valor de consumo do dispositivo (em miliampere).
Para exemplificar, suponhamos que o seu celular tenha um consumo em situação normal de 50 mA
e ele seja alimentado por uma bateria de 1.650 mAh. Assim temos:
Obviamente, o resultado alcançado é estimado, pois para ser preciso a bateria deveria ser nova em
folha e estar plenamente carregada, além de o eletrônico manter um consumo fixo o que dificilmente acontece, já que quando fazemos uma ligação, assistimos a um vídeo ou jogamos um game existe
um aumento da exigência da bateria. Além disso, outras variáveis podem influenciar nesse consumo, incluindo a temperatura.
Há algumas adaptações que tentam aproximar essa fórmula da realidade, como reduzir 15% do
valor obtido. Se você está com preguiça de efetuar qualquer cálculo, é possível encontrar uma
infinidade de serviços online que fazem a conta automaticamente para você, como o mAh
Battery Life Calculator.
Os diferentes tipos de bateria
Em algum momento, embora possa não ter percebido, você deve ter visto a indicação do tipo
de bateria usada no seu celular, smartphone ou tablet. A tecnologia empregada na fabricação
da bateria também pode apresentar desempenho diferente ao longo do seu descarregamento.
Níquel-cádmio (NiCd): as baterias de níquel-cádmio foram as primeiras que puderam ser recarregadas.
Se comparadas às baterias de íon-lítio (as mais utilizadas atualmente), esses componentes eram bem grandes e pesados. Um de seus maiores problemas é o chamado “efeito memória”, o qual exigia que
a carga inteira fosse consumida antes de ser recarregada para que a bateria não ficasse “viciada”.
Hidreto metálico de níquel (Ni-MH): a substituição do níquel-cádmio pelo hidreto metálico de
níquel promoveu baterias mais finas e com maior capacidade. Além disso, o “efeito memória” não tão presente. As fabricantes normalmente indicam que a bateria seja zerada com uma determinada
periodicidade (que pode variar para cada produto), mas não sempre que for usada.
(Fonte da imagem: Reprodução/Shutterstock)
Íon-lítio (Li-Ion): a adoção de um metal ainda mais leve, o íon-lítio, permitiu o desenvolvimento de
baterias menos espessas e ainda mais leves. Outros pontos positivos dessa tecnologia são um maior potencial energético e o fato de você poder recarregar as baterias a qualquer momento,
já que elas não ficam “viciadas”.
Hoje em dia, esse é o tipo mais comum de bateria encontrado em dispositivos portáteis.
Polímero de lítio (ou Lítio-polímero): as baterias de polímero de lítio ainda não se popularizaram,
mas elas têm uma capacidade semelhante às de íon-lítio, com a vantagem de serem mais baratas.
Muitos produtos da Apple e o Kindle, da Amazon, já usufruem dessa tecnologia há algum tempo.
Leitor colaborador: Carlos santiago
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