terça-feira, 5 de março de 2013

Saiba mais sobre as baterias dos celulares


O que significa o mAh nas baterias de celulares e tablets?

Os equipamentos eletrônicos saem de fábrica cada vez com mais tecnologias embarcadas e novas 
funções. Se por um lado tal avanço promove melhorias em nossa rotina, em outro viés ele acaba 
diminuindo a autonomia das baterias  o que pode ser observado com maior facilidade em smartphones 
e tablets.

Assim, as fontes de energia dos nossos aparelhos necessitam ter mais potencial energético a cada 
geração lançada. O principal indicador disso é o aumento da sua amperagem, o qual é informado 
pela notação mAh — como você já deve ter percebido nas especificações de qualquer dispositivo.

Mas você sabe o que significa essa subunidade de medida e como é feito o cálculo para estabelecer 
a vida útil de uma bateria? Se a sua resposta foi “não” para essas perguntas, não deixe de ler 
o restante deste artigo.

O conceito
O mAh é a abreviatura usada como padrão para o miliampere-hora, uma subunidade de medida 
(advinda do ampere-hora, ou simplesmente Ah) usada para identificar a transferência de carga 
elétrica por meio de uma corrente estável de um ampere ao longo de uma hora.

É preciso deixar bem claro que essa métrica não mede diretamente a energia de uma bateria 
(o que é feito pelas unidades joule ou watt-hora). A sua proposta é estabelecer e informar o tempo 
de duração da bateria. Assim, em teoria, quanto maior o miliampere-hora indicado na bateria, mais 
longo é o período que o seu smartphone ou tablet pode ficar desconectado da tomada.

A fórmula mágica
Existe uma fórmula usada geralmente por estudantes e profissionais de engenharia elétrica com a 
qual é possível determinar o tempo de duração de uma bateria. 
A conta é relativamente simples: você deve dividir a capacidade da bateria (em miliampere-hora) 
pelo valor de consumo do dispositivo (em miliampere).

Para exemplificar, suponhamos que o seu celular tenha um consumo em situação normal de 50 mA 
e ele seja alimentado por uma bateria de 1.650 mAh. Assim temos:



Obviamente, o resultado alcançado é estimado, pois para ser preciso a bateria deveria ser nova em
folha e estar plenamente carregada, além de o eletrônico manter um consumo fixo o que dificilmente acontece, já que quando fazemos uma ligação, assistimos a um vídeo ou jogamos um game existe 
um aumento da exigência da bateria. Além disso, outras variáveis podem influenciar nesse consumo, incluindo a temperatura.

Há algumas adaptações que tentam aproximar essa fórmula da realidade, como reduzir 15% do 
valor obtido. Se você está com preguiça de efetuar qualquer cálculo, é possível encontrar uma 
infinidade de serviços online que fazem a conta automaticamente para você, como o mAh 
Battery Life Calculator.

Os diferentes tipos de bateria
Em algum momento, embora possa não ter percebido, você deve ter visto a indicação do tipo 
de bateria usada no seu celular, smartphone ou tablet. A tecnologia empregada na fabricação 
da bateria também pode apresentar desempenho diferente ao longo do seu descarregamento.

Níquel-cádmio (NiCd): as baterias de níquel-cádmio foram as primeiras que puderam ser recarregadas.
 Se comparadas às baterias de íon-lítio (as mais utilizadas atualmente), esses componentes eram bem grandes e pesados. Um de seus maiores problemas é o chamado “efeito memória”, o qual exigia que 
a carga inteira fosse consumida antes de ser recarregada para que a bateria não ficasse “viciada”.

Hidreto metálico de níquel (Ni-MH): a substituição do níquel-cádmio pelo hidreto metálico de 
níquel promoveu baterias mais finas e com maior capacidade. Além disso, o “efeito memória” não  tão presente. As fabricantes normalmente indicam que a bateria seja zerada com uma determinada 
periodicidade (que pode variar para cada produto), mas não sempre que for usada.

 (Fonte da imagem: Reprodução/Shutterstock)

Íon-lítio (Li-Ion): a adoção de um metal ainda mais leve, o íon-lítio, permitiu o desenvolvimento de 
baterias menos espessas e ainda mais leves. Outros pontos positivos dessa tecnologia são um maior potencial energético e o fato de você poder recarregar as baterias a qualquer momento, 
já que elas não ficam “viciadas”. 
Hoje em dia, esse é o tipo mais comum de bateria encontrado em dispositivos portáteis.

Polímero de lítio (ou Lítio-polímero): as baterias de polímero de lítio ainda não se popularizaram, 
mas elas têm uma capacidade semelhante às de íon-lítio, com a vantagem de serem mais baratas. 
Muitos produtos da Apple e o Kindle, da Amazon, já usufruem dessa tecnologia há algum tempo.

Leitor colaborador: Carlos santiago

















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