Para onde vão os espermatozóides depois da vasectomia
Para lugar nenhum. Presos na metade do caminho, eles morrem e são absorvidos pelo corpo.
A “tragédia” acontece nos canais deferentes, tubinhos que levam os espermatozóides dos testículos, onde são produzidos, até o ducto ejaculatório, onde se misturam ao sêmen e são expelidos para fora do pênis. Na vasectomia, os canais deferentes são cortados, amarrados e cauterizados. Os espermatozóides saem dos testículos e encontram o bloqueio, onde resistem por algumas horas antes de desaparecer para sempre, sem ver a luz do óvulo. “É o mais seguro método anticoncepcional masculino”, diz o urologista Sami Arap, do Hospital Sírio Libanês, de São Paulo.
Como não cumprem sua missão, com o tempo os espermatozóides param de ser produzidos. Nos primeiros
30 dias após a cirurgia, no entanto, ainda é preciso se prevenir contra uma gravidez indesejada, já que alguns espertinhos podem sobrar pelo caminho. Dois meses após ser vasectomizado, o homem deve fazer um espermograma, exame que verifica a quantas andam os espermatozóides presentes no sêmen – se a cirurgia deu certo, não haverá nenhum. Eles se vão, mas a vida continua.
“A vasectomia não causa impotência nem interfere na atividade sexual”, diz o médico. Arrependidos podem tentar uma cirurgia de reversão, mais cara e complexa, e nem sempre bem-sucedida. Não à toa, os adeptos desse método anticoncepcional costumam ser maiores de 35 anos de idade que já têm filhos.
Encanamento entupido Após a vasectomia, os espermatozóides ficam presos nos canais e morrem.
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