Menina com hidranencefalia que viveu mais de 15 anos morre em Maceió
Quadro clínico de Letícia Rodrigues surpreendeu especialistas do Brasil.
Caso foi símbolo da campanha contra a legalização do aborto.A menina alagoana que nasceu com hidranencefalia grave - acúmulo de líquido na cabeça no lugar de parte do cérebro e surpreendeu a medicina ao viver por mais de 15 anos, morreu na madrugada deste domingo (20), em Maceió. O caso de Letícia Soares Rodrigues, que ganhou repercussão por ter sido símbolo da campanha em Alagoas contra a legalização do aborto, é referência no Brasil.
Considerado um caso raro, especialistas do Brasil e de outros países acompanharam a evolução do quadro da menina em congressos de medicina. Segundo o cardiologista Ricardo Santos, que acompanhava Letícia Rodrigues há sete anos, ela tinha uma forma "não clássica" de anencefalia.
Ele explicou que a média de vida dessas crianças é de apenas algumas horas ou dias.
“Existem crianças com até 3 anos que apresentam esse mesmo problema, mas uma com 15 anos é um recorde da literatura médica. Por isso o caso já esteve em muitos eventos médicos nacionais e internacionais”, ressaltou o médico.
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