segunda-feira, 12 de agosto de 2013

Maternidade ou Matadouro

Maternidade Darcy Vargas de Joinville SC - Médica despreparada  atrasa  parto e Bebê morre

Rapaz chora a morte da filha que nasceu na véspera do Dia dos Pais

A esperança de comemorar o primeiro Dia dos Pais e carregar a filha recém-nascida no colo durou apenas nove meses. A ansiedade em conhecer o rostinho da pequena Maria Helena Albino, ouvir o choro e poder embalar a bebê terminou para José Inácio Albano Filho, 21 anos, no início da noite de sábado. Maria Helena nasceu sem vida, provocando desespero e revolta.

A família alega negligência médica por causa da demora em realizar o parto. O diretor Maternidade Darcy Vargas, Fernando Marques Pereira, não acompanhou o caso, pois estava em viagem. Mas ontem à noite, conversou com um médico plantonista. “O médico me falou que, segundo o prontuário, a condução do parto foi adequada.

Mas é claro que amanhã (hoje 12/08/13) vou fazer pessoalmente um levantamento do prontuário”, alegou. Pereira ainda disse que a informação que obteve não mostra qualquer fato que pudesse registrar negligência ou desassistência à parturiante. “No momento houve uma situação de trabalho de parto, que gerou a cesariana de emergência e o bebê não tinha mais o batimento cardíaco”, justificou.Na Darcy Vargas, José acompanhava a companheira Alaíde Oliveira, 22, desde a manhã de quinta-feira.

Ela já estaria com dores desde quarta-feira, quando chegou a se deslocar até a maternidade. Foi examinada e voltou para casa. Na quinta-feira cedo voltou, com dores. Ela foi internada quinta (8), grávida de nove meses. Segundo familiares, médicos e enfermeiros preferiram esperar o parto natural.

Como não aconteceu e o prazo de nascimento era 2 de agosto, no último sábado a decisão teria sido induzir o parto. José conta que, por volta das 16 horas, enfermeiros estouraram a bolsa do líquido amniótico. “Eu estava pronto para entrar com ela e assistir o parto, já tinha até trocado de roupa. Mas era 7h da noite e me deixaram esperando no corredor. Não tinha entendido”, dispara José.

Depois de um tempo, uma enfermeira informou que a menina não tinha resistido. Ontem, a avó da menina, Margarida Borges, estava em estado de choque. Na casa simples de madeira, na região do Morro do Amaral, no bairro Paranaguamirim, Margarida permanecia deitada sobre um sofá. Não conseguia falar e mantinha os olhos baixos. Alaíde permanece internada e deve receber alta hoje.

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