Segurança máxima para valer – e polêmica
As torres de observação: vigilância implacável Não se trata, definitivamente, do caso da cadeia
dura, duríssima, que é a Administrative Maximum Facility (ADX) de Florence, no Estado americano
do Colorado.
As portas e os outros dispositivos automáticos são controladas por uma centralAo contrário do
que ocorre na maioria dos centros de “segurança máxima” brasileiros, a vida dos quase 500
detentos de Florence, que se distribuem em seis andares de um edifício de 36 mil metros
quadrados, é… como se imagina seja uma cadeia de segurança máxima, sem aspas.
É dura a ponto de gerar protestos de entidades como a Corte Europeia dos Direitos Humanos,
e também uma ação judicial conjunta de 11 internos aberta no ano passado, na qual
responsabilizavam o presídio por agressões e negligência a presos portadores de doença mental.
Só cinco horas por semana fora da cela
Celas com portas intransponíveis e janelas posicionadas para o céu: os bandidos não sabem nem em
que ala da prisão estão presos Em Florence, os presidiários passam dois dias completos por semana
sem sair de suas diminutas celas, nas quais há uma cama e uma escrivaninha, ambas de concreto.
Não há peças soltas nos banheiros. Nas outras cinco jornadas, têm apenas uma hora para exercitar-se
em uma espécie de cela maior, semelhante a uma piscina vazia.
Nada de pátio, nada de contato com outros “moradores”. O contato, rarefeito, com parentes
como também com advogados — é feito tendo uma parede de vidro blindado entre os
interlocutores, que falam por telefone. Não é permitido aos detentos nem sequer saber em que
ala do presídio estão, já que as celas com portas de aço possuem apenas uma janela estreita
posicionada para o céu. Vigiando a tudo e a todos estão centenas de câmeras e sensores de
movimentos. Detectores de metais e um complexo sistema de acesso aos visitantes em
conta-gotas tornam impensável o contrabando de celulares.
Ali, em 19 anos, nunca houve uma fuga, nem qualquer tentativa de rebelião.
Terroristas famosos e outros criminosos de peso
Tanta precaução para manter zeradas as estatísticas de rebeliões e fugas na ADX de Florence
pode ser explicada na lista de chamada de seus habitantes.
Para lá só vai a mais alta classe de bandidos, de capos de cartéis de drogas a comandantes de
nefastas seitas neonazistas assassinas, além de presos com histórico de comportamento
extremamente violento em outras cadeias.
Grades de quase quatro metros de altura e potente cerca elétrica Mas esta supermax
expressão americana para designar os presídios de segurança máxima – se especializou em
manter trancafiados terroristas conhecidos mundialmente.
Há em seu interior, inclusive, o que é informalmente chamado de ala dos bombers, em alusão a multiassassinos cujo método de chacina era a explosão de bombas.
Um dos hóspedes famosos de Florence: Theodore Kaczynski, o “Unabomber”, que cumpre prisão
perpétua Entre os mais notórios, ambos cumprindo sentenças perpétuas, encontra-se o americano ,
culpado de nada menos que 16 ataques com carta-bomba e responsável pela morte de três pessoas
e ferido outras 23; e o francês Zacarias Moussaoui, participante da conspiração dos ataques de 11
de Setembro.
Zacarias Moussaoui, envolvido com os atentados de 11 de Setembro, também deve terminar os
seus dias lá Moussaoui é apenas um dos membros da Al-Qaeda detidos em Florence. Há cerca de
outros 20 com ligação à organização terrorista jihadista.
Outro assassino em massa de grande fama, o americano Timothy McVeigh, autor do terrível atentado
de Oklahoma City, que matou 168 pessoas e feriu mais de 800 em 19 de abril de 1995, viveu ali
antes de ser transferido e executado (fora condenado à pena de morte em 1997 e, depois de uma
batalha de recursos e apelos, recebeu a injeção letal em 2011, numa prisão em Indiana).
Inaugurada em 1994, é a única penitenciária de segurança máxima pertencente ao Federal Bureau
of Prisons, subdivisão do Departamento de Justiça Americano responsável pelo sistema carcerário,
e figura entre os destinos mais temidos pela bandidagem.
Seu apelido, “A Alcatraz das Rockies”, faz referência a Alcatraz, a lendária prisão situada em ilha
de mesmo nome próxima a San Francisco, operante entre 1934 e 1963, e as Montanhas Rochosas,
que cruzam o Colorado.
As torres de observação: vigilância implacável Não se trata, definitivamente, do caso da cadeia
dura, duríssima, que é a Administrative Maximum Facility (ADX) de Florence, no Estado americano
do Colorado.
As portas e os outros dispositivos automáticos são controladas por uma centralAo contrário do
que ocorre na maioria dos centros de “segurança máxima” brasileiros, a vida dos quase 500
detentos de Florence, que se distribuem em seis andares de um edifício de 36 mil metros
quadrados, é… como se imagina seja uma cadeia de segurança máxima, sem aspas.
É dura a ponto de gerar protestos de entidades como a Corte Europeia dos Direitos Humanos,
e também uma ação judicial conjunta de 11 internos aberta no ano passado, na qual
responsabilizavam o presídio por agressões e negligência a presos portadores de doença mental.
Só cinco horas por semana fora da cela
Celas com portas intransponíveis e janelas posicionadas para o céu: os bandidos não sabem nem em
que ala da prisão estão presos Em Florence, os presidiários passam dois dias completos por semana
sem sair de suas diminutas celas, nas quais há uma cama e uma escrivaninha, ambas de concreto.
Não há peças soltas nos banheiros. Nas outras cinco jornadas, têm apenas uma hora para exercitar-se
em uma espécie de cela maior, semelhante a uma piscina vazia.
Nada de pátio, nada de contato com outros “moradores”. O contato, rarefeito, com parentes
como também com advogados — é feito tendo uma parede de vidro blindado entre os
interlocutores, que falam por telefone. Não é permitido aos detentos nem sequer saber em que
ala do presídio estão, já que as celas com portas de aço possuem apenas uma janela estreita
posicionada para o céu. Vigiando a tudo e a todos estão centenas de câmeras e sensores de
movimentos. Detectores de metais e um complexo sistema de acesso aos visitantes em
conta-gotas tornam impensável o contrabando de celulares.
Ali, em 19 anos, nunca houve uma fuga, nem qualquer tentativa de rebelião.
Terroristas famosos e outros criminosos de peso
Tanta precaução para manter zeradas as estatísticas de rebeliões e fugas na ADX de Florence
pode ser explicada na lista de chamada de seus habitantes.
Para lá só vai a mais alta classe de bandidos, de capos de cartéis de drogas a comandantes de
nefastas seitas neonazistas assassinas, além de presos com histórico de comportamento
extremamente violento em outras cadeias.
Grades de quase quatro metros de altura e potente cerca elétrica Mas esta supermax
expressão americana para designar os presídios de segurança máxima – se especializou em
manter trancafiados terroristas conhecidos mundialmente.
Há em seu interior, inclusive, o que é informalmente chamado de ala dos bombers, em alusão a multiassassinos cujo método de chacina era a explosão de bombas.
Um dos hóspedes famosos de Florence: Theodore Kaczynski, o “Unabomber”, que cumpre prisão
perpétua Entre os mais notórios, ambos cumprindo sentenças perpétuas, encontra-se o americano ,
culpado de nada menos que 16 ataques com carta-bomba e responsável pela morte de três pessoas
e ferido outras 23; e o francês Zacarias Moussaoui, participante da conspiração dos ataques de 11
de Setembro.
Zacarias Moussaoui, envolvido com os atentados de 11 de Setembro, também deve terminar os
seus dias lá Moussaoui é apenas um dos membros da Al-Qaeda detidos em Florence. Há cerca de
outros 20 com ligação à organização terrorista jihadista.
Outro assassino em massa de grande fama, o americano Timothy McVeigh, autor do terrível atentado
de Oklahoma City, que matou 168 pessoas e feriu mais de 800 em 19 de abril de 1995, viveu ali
antes de ser transferido e executado (fora condenado à pena de morte em 1997 e, depois de uma
batalha de recursos e apelos, recebeu a injeção letal em 2011, numa prisão em Indiana).







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