Arquipélago do Panamá
San Blás é aquele tipo de destino que quando você descobre não quer contar pra ninguém. Medo
de que acabem com tudo, que transformem em mais um refúgio para milionários ou produto de
turismo de massa.
Essa coisinha maravilhosa de águas cristalinas é uma das ilhas que formam o arquipélago de San Blás,
no Panamá. Quem imaginava que isso tudo fica a poucas horas de avião, não é? O Arquipélago têm
365 ilhas e apenas 56 habitadas, com algumas menores que uma quadra de tênis. A ilha é famosa por abrigar os índios Kuna, que adoram fazer artesanato e arte e cuja sociedade é matriarcal (pois é, as mulheres é que mandam lá… Não bastasse a indescritível beleza, suas mais de 365 micro ilhas estão relativamente próximas à costa do Panamá, preservadas e sob a tutela da nação indígena mais
organizada politicamente do continente americano, os Kuna. Navegar entre as ilhas onde o sol brilha
350 dias, para não dizer o ano todo, faz brotar o sentimento de que não se desejaria estar
em nenhum outro lugar do mundo. O povoado de Nalunega é um emaranhado de casas que chegam
até as bordas do mar. Uma das pousadas ali tem o mesmo look das casas: telhado de sapé, paredes
de bambu que deixam passar sons e nuances de luz, e o chão de areia onde uma onda mais afoita pode lavar o quarto.
São as evidências das palavras dos kuna, “se a maneira como vivemos desperta a curiosidade de nos conhecerem, é justo que provem nosso modo de viver.
Não temos grandes hotéis, pois não permitimos que estrangeiros comprem nossas terras. Esta é uma
das formas de não sermos envolvidos por outras culturas”.
Nas aldeias sempre se veem mulheres tecendo o mola em frente às suas casas, e ali mesmo os viajantes podem adquirir uma peça de qualidade por cerca de R$ 50.
Essa atividade é a que oferece a melhor remuneração familiar, pois a pesca e a agricultura são apenas
de subsistência.As mulheres sabem da importância da preservação de suas tradições. E vão além ao
criar um tecido diferenciado, que ajuda a projetar os kuna no cenário da arte mundial e mantém sua
etnia viva economicamente.











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