José Sady deu os primeiros passos em direção à música em São Leopoldo (RS), sua terra natal.
No entanto, foi em Joinville que ele conseguiu alcançar uma carreira sólida com a Pop Band.
Há 34 anos como vocalista da tradicional banda catarinense, ele se apresenta nos finais de semana em bailes de formatura e casamentos, e com sua voz forte faz o público dançar ao som dos mais diversos gêneros da música nacional e internacional.
Aos 52 anos, Sady pode ficar orgulhoso de ter conhecido e cantado em shows dos grandes nomes da música brasileira. Ele guarda com carinho o álbum com as fotos que tirou ao lado de Erasmo Carlos, Lulu Santos, Jorge Ben Jor, Oswaldo Montenegro, Fábio Júnior e outros tantos famosos.
— Quando se é adolescente a gente têm ídolos e não há dinheiro que pague estar perto deles.
Pude conhecer o Djavan, por quem sou apaixonado, o Gilberto Gil e toda essa turma dos anos 60 — conta.
Tudo isso veio por meio da Pop Band, na qual ingressou em 1978, quando chegou a Joinville.
Quando morava em solo gaúcho, recebeu o convite do baterista da banda que havia viajado a
São Leopoldo.Lá, Sady começou em festivais estudantis e depois participou durante três anos de duas
bandas chamadas Fantástico e Tassana.
— Graças a Deus deu certo e estou aqui até hoje. Tenho Joinville como minha cidade e a amo de paixão.
Nunca quis voltar para minha terra — conta.
Foi aqui onde ele conheceu a mulher Liliana e teve os três filhos. Um deles, Fernando, resolveu seguir
a profissão do pai e hoje é baterista da Pop Band.
— Ele tem uma percepção ótima para a música. Toca instrumentos de percussão, cavaquinho, bateria.
É muito querido por todos da banda — elogia.
A família teve que se acostumar com a rotina de Sady em razão das viagens, ensaios e shows nos finais
de semana. Nessas viagens pelos estados do Sul do país, o fã de Emílio Santiago, Billy Paul e Michael
Jackson passou por situações curiosas.
Além de cantar, ele também fazia performances nos seus shows, em que se vestia como um artista e
cantava suas músicas. As imitações iam de Roberto Carlos a Tiazinha.
— Em um show no interior do Paraná, eu estava fazendo o Tiririca e um cara queria tirar foto comigo
porque era fã dele. Isso porque ele achava que eu era o Tiririca de verdade — conta entre risos.
Atualmente, Sady imita apenas o cantor Tim Maia em cima dos palcos. Sady trabalha e respira música
durante toda a semana, tanto que, nas horas vagas, ele prefere o sossego da pescaria e do sítio dos
parentes em Corupá. Música só no computador e no rádio.
No próximo ano, quando completa 35 anos como vocalista da Pop Band, ele pretende fazer uma festa
para celebrar a data.
— Depois penso em dar uma parada e ficar mais na coordenação e no escritório da banda — revela.
— Já é muito tempo na noite e viajando. É hora de dar oportunidade para os jovens e abrir espaço para
esse pessoal mais novo.
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