quinta-feira, 5 de janeiro de 2012
Viagem sem volta
Imagine que você é um cientista, prestes a embarcar na missão de sua vida:
uma viagem de exploração a Marte. Mas há um porém:
você nunca mais poderá voltar de lá devido aos altos custos do retorno.
Essa é a proposta do físico Paul Davies,
que quer acelerar a conquista do espaço e reduzir os altíssimos preços de viagens interplanetárias.
Atualmente, os valores de uma missão a Marte são estimados em US$ 80 bilhões
para uma viagem com duração de dois anos. Para Davies,
a solução para isso seria reduzir os custos pela metade,
enviando cientistas especializados e com uma expectativa de vida de menos de 20 anos,
que poderiam analisar o Planeta Vermelho pelo restante de suas existências.
Nos cálculos do físico, se a construção de uma colônia permanente fosse iniciada hoje,
ela estaria pronta daqui a 10 anos, com pessoas chegando ao local uma década depois.
Naves com novos suprimentos seriam enviadas a cada dois anos,
quando a Terra e Marte estão mais próximas,
juntamente com novos cientistas à medida que os anteriores fossem falecendo.
Para Davies, toda a tecnologia para isso já está disponível.
A proposta já reúne cerca de mil voluntários, mas, de acordo com o físico,
todos são jovens aventureiros que não estariam interessados em praticar “ciência de verdade”.
Davies, porém, não acredita que os Estados Unidos ou Europa vão aderir à ideia,
mas tem confiança que o programa espacial chinês teria a “coragem”
necessária para tomar uma atitude tão dramática
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