Pastor preso é depravado, degenerado e pervertido sexual, diz denúncia do MP.
O promotor Rogério Lima, da 8ª Promotoria de Investigação Penal do Ministério Público do Rio
de Janeiro, que redigiu as duas denúncias que embasaram o pedido de prisão preventiva de
Marcos Pereira, pastor da Assembleia de Deus dos Últimos Dias, o classificou no texto como
um homem "depravado, degenerado, pervertido sexual, capaz de fazer as coisas mais baixas e
sempre se aproveitando da sua condição de líder maior da Igreja".
ASSEMBLEIA DE DEUS DOS ÚLTIMOS DIAS
Igreja fundada por pastor suspeito de estupros proíbe televisão e Coca-Cola A reportagem
do UOL teve acesso aos documentos que sustentaram o pedido de prisão do pastor no dia 25
de abril, o que acabou ocorrendo na noite de terça-feira (7/05/13), na rodovia Presidente Dutra,
em São João de Meriti, Baixada Fluminense.
"O denunciado tinha autoridade sobre Z., pois era o pastor e presidente da igreja Assembleia de
Deus dos Últimos Dias. Ademais, Z. o tinha como o seu líder espiritual, em quem acreditava e a
quem seguia com fervor. [...] Pelos relatos das testemunhas, principalmente das mulheres, verifica-se
que estamos diante de um verdadeiro depravado, degenerado, pervertido sexual, capaz de fazer as
coisas mais baixas e sempre se aproveitando da sua condição de líder maior da igreja", diz o
promotor.
Pereira está preso desde quarta-feira (8/05/13) no Complexo de Gericinó, em Bangu, zona oeste do Rio
de Janeiro. Seu advogado Marcelo Patrício pediu um habeas corpus ao Tribunal de Justiça, mas
até as 16h desta quinta-feira a decisão ainda não havia saído. Para ele, apenas os depoimentos das
mulheres não podem ser considerados como provas para embasar a denúncia. "Não há provas
contra ele, só depoimentos. Imagina se você vai na delegacia e diz que o Luciano Huck te estuprou.
A polícia não pode ir lá prendê-lo baseado somente nisso", disse.
"A denúncia diz que ele poderia ameaçar as vítimas. A mulher diz que o crime aconteceu em 2006.
Se fosse para ele ameaçar, ele já teria ameaçado", acrescentou o advogado do pastor.
"A denúncia também fala do risco de ele fugir. O pastor esteve nos EUA há 15 dias. Se ele estivesse
com medo, teria ficado lá."
O MP pediu a prisão preventiva de Pereira por considerar que há prova da existência do crime e
indícios suficientes de autoria, e para garantir a ordem pública, conveniência da instrução criminal e segurança da aplicação da lei penal. O pastor foi denunciado por dois estupros com uso de força
física e atentado violento ao pudor e, caso seja condenado, poderá ficar até 20 anos na
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