segunda-feira, 4 de março de 2013

Criança é curada de AIDS



Cientistas do Centro da Criança Johns Hopkins, de Nova York, das universidades do Mississipi e
de Massachusetts apresentaram neste domingo em uma conferência nos Estados Unidos o que
chamaram do primeiro caso de uma "cura funcional" de uma criança infectada pelo HIV. O paciente
de 2 anos foi tratado com drogas antivirais nos primeiros dias de vida e não tem mais níveis detectáveis
do vírus nem sinais da doença.
A criança não recebe mais tratamento contra aids há 10 meses.

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Cura funcional da aids em bebê é recebida com cautela por especialistas Segundo os pesquisadores,
o paciente recebeu uma terapia antirretroviral nas primeiras 30 horas de vida. Os pesquisadores
afirmam que a pronta administração dos medicamentos pode ter levado à cura do bebê por ter impedido
 a formação de "reservas" do vírus - células dormentes responsáveis por reiniciar uma infecção de HIV semanas após a interrupção da terapia tradicional com o coquetel.

"A pronta terapia antirretroviral em recém-nascidos que começa nos primeiros dias de exposição
 (ao vírus) pode ajudar crianças a limpar o vírus e alcançar uma remissão de longo prazo, sem (a necessidade de) um tratamento por toda vida, ao prevenir a formação de tais esconderijos virais",
diz Deborah Persaud, do Johns Hopkins, que participou do estudo.

A criança que passou pelo tratamento recebeu o HIV da mãe. O tratamento nas primeiras horas de
vida resultou em um decréscimo gradativo da presença do vírus no organismo do paciente.
Com 29 dias, o bebê não tinha mais níveis detectáveis do micro-organismo no sangue. Com 18 meses,
o tratamento foi interrompido e, 10 meses após a interrupção, novos testes não conseguiram detectar
a presença do HIV.

Atualmente, recém-nascidos de alto risco (cujas mães têm infecções pouco controladas ou cuja infecção
foi descoberta próxima ao parto) recebem uma combinação de antivirais e em doses profiláticas para prevenir a infecção durante seis semanas e, se o vírus for detectado, começam o tratamento tradicional
com o coquetel de drogas.
O novo estudo pode mudar essa prática, já que mostra a cura potencial do tratamento nas primeiras
horas de vida.

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