sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

Cuidado com a cachaça


Metade das cachaças e aguardentes de dez marcas líderes testadas pela Proteste Associação de Consumidores contém uma substância nociva à saúde acima dos níveis aceitáveis. No Brasil, o valor aceitável de carbamato de etila é de até 150 microgramas por litro (µg/l), mas cinco marcas apresentaram
entre 165µg/l e 755µg/l desse composto químico classificado como possível agente causador de câncer pela Agência Internacional de Pesquisa sobre o Câncer (Iarc), da Organização Mundial da Saúde (OMS). De acordo com os resultados das análises, a cachaça 7 Campos de Piracicaba apresentava 755 microgramas do carbamato de etila por litro e a Pedra 90 - 548 µg/l. A Ypióca Prata (298 µg/l ); Pitú (255 µg/l) e
Salinas (165 µg/l). A Sagatiba foi a que apresentou o menor índice da substância: menos de 50 µg/l. Além desta, foram avaliadas e aprovadas as marcas São Francisco, Seleta, Pirassununga 51 e Velho Barreiro. De acordo com Maria Inês Dolci, coordenadora institucional da Proteste, o problema ocorre porque o Ministério da Agricultura (Mapa) tem prorrogado o prazo para as empresas se adequarem às normas que foram estabelecidas em 2005. “Enquanto isso, agrava-se o risco à saúde”, reclama Dolci, que pede vigência
imediata da instrução normativa 13, que determina teor máximo de 150 µg/L de carbamato de etila.

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