Aos 65 anos, Schwarzenegger volta como protagonista e diz: "Envelhecer é uma droga"
Ele sempre nos disse que voltaria. E é como se ele nunca tivesse se afastado durante dez anos para servir como governador da Califórnia, enfrentando déficits orçamentários em vez de espiões internacionais, e lutando para controlar os custos do atendimento de saúde em vez de escapar de robôs assassinos do futuro. “É uma sensação muito estranha estar de volta para falar sobre um filme”, admite Arnold Schwarzenegger. "Envelhecer é uma droga" Os dois últimos anos foram difíceis para Schwarzenegger. Não podendo mais ser
reeleito governador devido à limitação de mandato e não podendo concorrer à presidência, por ter nascido na Áustria, acabou passando o ano passado nas manchetes dos tabloides, após o fim de seu casamento com a apresentadora Maria Shriver depois da descoberta de um caso antigo entre ele e uma ex-empregada, que resultou em um filho hoje com 15 anos. No entanto, seu humor é alegre e jovial, apesar do olhar cauteloso. “Eu acabei de voltar de uma viagem de esqui de uma semana com meus filhos em Sun Valley”, ele diz com seu ainda forte sotaque austríaco. “É claro que as crianças agora tentam superar você no esqui. Virou uma competição feroz. Mas eu ainda posso fazer todas as coisas. Eu me sinto ótimo fisicamente.” E como é para um ex-Mr. Universo completar 65 anos?
“A única coisa que posso dizer sobre envelhecer é que é uma droga. Eu não sou diferente de você.
Nós todos olhamos no espelho e dizemos: ‘O que aconteceu?’ Você antes tinha músculos e agora,
lentamente, eles estão deteriorando. Mas se você malhar, você permanece em forma e se sente bem.
Eu me sinto bem atualmente.” Com estreia marcada para sexta-feira, 18 de janeiro, “O Último Desafio”
apresenta Schwarzenegger como o xerife de uma pequena cidade do Arizona que enfrenta um cartel de
drogas. Há todas as lutas, tiros e explosões que o tornaram um campeão das bilheterias nos
anos 80 e 90. Este pode ser seu filme de retorno, diz o ator, mas sua volta não deve causar surpresa
para ninguém. “É ótimo estar de volta ao papel principal”, diz Schwarzenegger. “Como você pode se
lembrar, quando assumi o governo em 2003, eu disse: ‘Governarei o Estado por sete anos. Então, eu
voltarei para o cinema’. Nunca foi um caso de não voltar mais ao cinema. Apenas me afastei temporariamente.
Meu plano sempre foi voltar.” Mas ainda resta saber se o seu público ainda está lá. “Quando você deixa
o cinema por sete anos, é assustador voltar”, reconhece Schwarzenegger.
“Você não sabe se será aceito de novo.
Pode haver toda uma nova geração de heróis de ação. As coisas podem mudar rapidamente neste negócio.”
Sua volta ao show business foi facilitada pela ajuda do amigo Sylvester Stallone, que lhe deu pequenas
participações em “Os Mercenários” (2010) e na sequência de 2012. Foram as primeiras aparições de
Schwarzenegger em um filme desde seu papel coadjuvante em “Volta ao Mundo em 80 Dias –
Uma Aposta Muito Louca” (2004), filmado antes de sua eleição. Ele se sentiu ainda mais em casa fazendo
“O Último Desafio”, diz Schwarzenegger. “Em termos de ação, eu me senti muito à vontade de volta a um
set com um grande papel. Foi como andar de bicicleta.” Não que andar de bicicleta aos 65 anos seja igual
a quando se tem 16. “Este filme foi o teste perfeito para mim, porque exigiu muitos stunts, muita ação e
trabalho físico. O diretor era fanático por ver o máximo possível de mim. Apenas quando havia o risco de
eu morrer é que os dublês assumiam.”
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