A arraia fantasma da Boeing
O Boeing Phantom Ray é um avião espião que está sendo desenvolvido pela empresa
com base no protótipo do X-45C, que havia sido criado, originalmente, para a Força Aérea
e a Marinha dos Estados Unidos, além da própria DARPA.
O projeto permaneceu em segredo desde meados de 2007, quando começou a ser desenvolvido.
Mesmo dentro da Boeing, o assunto estava restrito apenas aos envolvidos com o Phantom Ray.
O projeto foi revelado apenas em 2010, ano em que a aeronave realizou alguns voos de teste,
inclusive como apoio a missões de reconhecimento, monitoramento e até mesmo de ataque.
F-117 Nighthawk
Mesmo sendo uma aeronave projetada para o ataque, toda lista de aviões espiões
que se preze precisa conter o F-117 Nighthawk, tanto pelo seu formato peculiar
quanto pelo fato de ter sido a primeira aeronave a fazer uso da tecnologia Stealth.
O exterior da aeronave foi projetado para desviar ou absorver os sinais emitidos por
radares, tornando-a invisível a esse tipo de equipamento.
Beriev A-50, espionagem russa
Este avião teve o seu primeiro voo em 1978 e entrou em serviço em 1984, com uma frota
constituída por 40 aeronaves em 1992. Criado pela então chamada União Soviética, esse
sistema aéreo de alerta e controle está em serviço até hoje, integrando as forças aéreas
da Índia e da Rússia.
Podendo abrigar até 15 tripulantes, o Beriev A-50 tem 49,9 metros de comprimento
e 50,5 metros de envergadura. Carregado, o avião chegava a pesar 170 mil quilos e a
atingir uma velocidade máxima de até 900 km/h.
. Lockheed SR-71, o pássaro negro
Poucos aviões espiões têm um design tão legal quanto o SR-71. Não é à toa, por exemplo,
que a aeronave foi escolhida até mesmo como inspiração para o avião dos X-Men. Há,
inclusive, histórias desse grupo de mutantes em que os roteiristas se referem ao
Pássaro Negro como SR-73 ou SR-77.
Essa aeronave de reconhecimento teve o seu primeiro voo em 1964 e serviu tanto a NASA
quanto a Força Aérea Americana até 1998, quando foi então aposentada. O modelo chegou
a bater o recorde de avião tripulado a viajar mais rápido e mais alto do mundo: 25,9 mil
metros de altura, a 3,5 mil km/h, em 1976.
O SR-71 possuía 32,7 metros de comprimento, 16,9 metros de envergadura e podia atingir
a velocidade Mach 3,3 (mais de 3,5 mil km/h), tendo lugar para dois pilotos.
Lockheed U-2
Apelidada de “Dragon Lady”, essa aeronave teve seu primeiro voo em 1955, tendo sido
operada tanto pela Força Aérea Norte-Americana quanto pela Agência Central de
Inteligência (CIA). Por isso, foi peça fundamental em diversas operações da Guerra Fria;
inclusive, uma unidade do Lockheed U-2 foi abatida durante a Crise dos Mísseis de Cuba,
em outubro de 1962.
Northrop Grumman MQ-4 Global Hawk
Usado tanto pela Marinha quanto pela Força Aérea dos Estados Unidos, além da
Força Aérea Alemã, o MQ-4 Global Hawk é outra aeronave não tripulada empregada
para espionar as bases inimigas. Dessa forma, esse avião é capaz de capturar imagens
em alta resolução com a ajuda de um radar que pode penetrar até mesmo nuvens e tempestades de areia.
General Atomics MQ-1 Predator
Criado nos anos 90 pela General Atomics, o Predator é um avião de espionagem não
tripulado e que foi usado, primeiramente, pela Força Aérea dos Estados Unidos (USAF)
e Agência Central de Inteligência (CIA) naquela década. Originalmente para reconhecimento
de terreno e carregando apenas câmeras e alguns sensores, essa aeronave foi modificada
posteriormente e hoje conta até mesmo com mísseis AGM-114 e outras munições.
X-37: espião espacial?
O Boeing X-37 começou como um projeto da NASA, em 1999, que visava a construção de
veículos espaciais não tripulados e reutilizáveis, que pudessem ir ao espaço e depois
voltar à Terra, como um ônibus espacial comum. Porém, o programa de construção do X-37
foi transferido, posteriormente, para o Departamento de Defesa dos Estados Unidos,
levantando diversas controvérsias.
Em 2010, Tom Burghardt, do site Space Daily, escreveu um artigo sugerindo que a
aeronave poderia ser usada tanto como satélite para espionagem quanto como um
bombardeiro espacial, capaz de atingir alvos terrestres mesmo estando em órbita ao redor
do planeta. Na época, o Pentágono negou a acusação, mas em 2012 os rumores voltaram com
força, dizendo inclusive que o X-37 poderia estar sendo usado para espionar a estação
espacial Chinesa Tiangong-1. Mais uma vez, as autoridades negaram que isso estivesse sendo feito.
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